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Inclusão e equidade de gênero nas relações de trabalho ganham espaço para debate
Inclusão e equidade de gênero nas relações de trabalho ganham espaço para debate
1 dezembro, 2024

Inclusão e equidade de gênero nas relações de trabalho ganham espaço para debate

Gênero é uma terminologia mais abrangente, que leva em consideração as identidades, tanto para homem como para mulher

Mulheres ganham 30% menos que os homens e mulheres negras ganham até 57% menos do que homens. É no meio deste desafio que o desembargador Eridson João Fernandes Medeiros, TRT-21, abriu os trabalhos do painel “Inclusão e equidade de gênero nas relações de trabalho”, no III Congresso Nacional e I Internacional da Magistratura do Trabalho, realizado nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no Bourbon Cataratas, em Foz do Iguaçu.

 

O evento é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Magistrados do Trabalho (ABMT) em parceria com a Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP).  

 

Gisele Pimentel, diretora jurídica da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), é advogada, esposa, mãe, e considera que o debate diário e a documentação dos processos são ferramentas para garantir a equidade nas empresas. “Viemos de uma sociedade patriarcal em que a mulher tinha que ficar no lar. Embora tenha havido avanços, ainda há barreiras estruturais e culturais. Há bons exemplos de equiparação de empresas que corrigiram seus programas, realizaram auditoria e equipararam salários entre homens e mulheres e é nelas que temos que nos inspirar”. 

 

Para debater igualdade de gênero, a juíza Thereza Nahas, TRT-1, comenta que gênero não se confunde com sexo. Gênero é uma terminologia mais abrangente, que leva em consideração as identidades, tanto para o homem como para a mulher. “Precisamos diminuir a desigualdade entre os seres humanos. Lembro de uma ação do STF, que coloca a mulher como responsável única e exclusivamente pelo cuidado do lar e dos filhos. Ignoram a parentalidade, responsabilidades e experiências que envolvem a criação de um filho, entre homens, mulheres”.

 

As dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mundo do trabalho possuem muito mais obstáculos do que as enfrentadas pelos homens. A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Morgana de Almeida Richa externaliza dados e informações que são problemas sérios e que precisam ser encarados por todas as organizações. 

 

“Quando nasce o primeiro filho, a mulher tem bloqueios na carreira profissional, na maioria das situações. Hoje, 68% dos cargos estratégicos são ocupados por homens. As mulheres ocupam apenas 32% deles. Eu acredito e precisamos lembrar de Hannah Arendt, que nos ensina que a igualdade não é um dado, é um construído”.

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